Os ciclos e surpresas que o número 7 traz na vida de Gustavo Barnabé
Eram duas da manhã quando o arquiteto Gustavo Barnabé, de Brusque, lembrou de checar o celular e percebeu que estava sem bateria – tinha deixado de lado o aparelho por estar totalmente envolvido em uma reunião. O tardar da hora não era exatamente motivado por alguma urgência; ele e os clientes estavam debatendo sobre um projeto e transformaram o encontro em uma reunião de amigos, degustando vinhos e petiscos. Sua relação com quem o contrata é sempre muito próxima, e não é raro que as reuniões se tornem comemorações despojadas e os clientes considerarem Gustavo um membro da família. “Naquele dia eu religuei o celular e tinha muita gente perguntando se eu estava vivo. Era preocupação porque eu não respondia – e alguns desses eram clientes”, lembra o profissional.
Na realidade, esse relacionamento estreito é um dos triunfos de Gustavo. Faz parte de sua realização profissional, e é algo que o acompanhou desde o início da carreira, quando se formou e estabeleceu uma parceria com a proprietária do escritório no qual era estagiário. Com o diploma em mãos, foi assinando os primeiros trabalhos e construindo relacionamentos. Logo no começo, já estava com projetos residenciais e corporativos que o levaram a abrir o próprio negócio. “Eu fiz uma viagem de 20 dias e voltei decidido a investir na carreira solo. E eu entrei nisso de cabeça”, ressalta.
Foi então que surgiu a G7 Arquitetura, um nome que é repleto de referências. Representa a inicial de Gustavo, que é também a sétima letra do alfabeto. Está relacionado ainda aos 7 dias da semana, às 7 maravilhas do mundo e às 7 cores do arco-íris. “Tudo voltado ao ciclo de uma vida que surge e se renova a cada 7 anos”, complementa o arquiteto.
De fato, os projetos comerciais são bastante significativos na trajetória da empresa. Hoje constituem praticamente metade dos trabalhos em andamento, e envolvem demandas que duram meses ou anos – de sedes esportivas a layouts de fábrica e criação de padrões de lojas conceito. É normal surgirem daí oportunidades para projetos residenciais, assumindo casas e apartamentos dos diretores e gerentes – que desenvolvem um relacionamento diferenciado com Gustavo.
Essa grande quantidade de trabalhos traz consigo uma imensa variedade de perfis com as mais diferentes necessidades e expectativas. O arquiteto cita o caso de um casal que viaja regularmente para a Europa, e costuma trazer vários objetos dos locais que visita. Na reforma que comandou na área íntima da casa deles, o profissional dedicou espaços para receber as peças e expô-las de modo que enalteçam o décor e contem as histórias dos moradores. No lar de outro cliente, Gustavo sabia da paixão do morador pelo seriado Friends, e fez questão de inserir referências à temporada preferida do proprietário. Houve ainda um apartamento no qual o arquiteto inseriu um violão nas imagens 3D que seriam apresentadas ao cliente para aprovação. O modelo do instrumento foi escolhido de acordo com as características da decoração do imóvel, e ao apresentar a proposta veio uma grata surpresa: tratava-se de um exemplar raro, que o morador há tempos pensava em comprar – e era o mesmo de um de seus cantores favoritos. “Ele disse que eu tinha um olhar diferenciado, uma percepção única sobre quem me contrata, e que agora tinha motivos de sobra para comprar o violão”, lembra Gustavo, celebrando o fato com a alegria de quem está cada vez mais satisfeito com a trajetória que decidiu trilhar.